Mais uma vez a agropecuária mostrou a sua força e puxou alta de 1%, no primeiro trimestre do ano, na estagnada economia brasileira. O PIB do setor teve alta de 13,4%, o maior em mais de 20 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a grande aliada da alta histórica é a super safra estimada em 233,1 milhões de toneladas de grãos.

Na expectativa de uma grande colheita os agricultores tem aproveitado para trocar seus maquinários. Prova disso é o aumento de 22% nas vendas de máquinas agrícolas nos primeiros cinco meses do ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Entre os mais vendidos estão os tratores, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Em entrevista ao Portal G1 (http://g1.globo.com/), o produtor Erny Parisenti, de 54 anos, que tem uma fazenda em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, usou o lucro das últimas colheitas para comprar maquinários, terras e tecnologia para as próximas safras, mesmo com uma colheita que deixou a desejar no ano passado.

 

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"Adquirimos colheitadeiras com máquinas mais modernas, ampliamos nossa parte de estocagem, secagem e dobramos a capacidade de estoque”, disse o produtor. Esse otimismo é percebido também por quem vende maquinários. Em Londrina a concessionária Horizon, autorizada da John Deere, disse em entrevista ao jornal Folha de Londrina que estima um crescimento de até 30% no primeiro trimestre. O Milton Garcez (Gerente Geral) atribui o aquecimento ao aumento da confiança do produtor rural na economia e na política. "Quando desconfia do cenário, o produtor para de investir, mas se está confiante, ele compra", alega. Para ele, o empresário do campo é um "otimista nato".

Para o BNDES, o Finame para aquisição de máquinas e equipamentos de forma geral teve um aumento de aprovação de 32% de janeiro a março na comparação com o mesmo período de 2016. O banco não divulgou a Folha de Londrina informações específicas sobre maquinário agrícola. Na DHL Valtra Tratores os primeiros meses do ano também apresentaram crescimento de 15% a 20%”, de acordo com Jorge Lacerda Júnior representante da concessionária. Mas, para isso foi preciso oferecer condições especiais. "O preço da soja está muito baixo.

Só estamos conseguindo vender porque postergamos a entrada para 30 de setembro, quando a remuneração deverá estar melhor para o produtor. Estamos correndo atrás dos clientes", afirma elPara o supervisor de compras de máquinas e equipamentos da Cooperativa Integrada, André Rabelo, a meta é crescer 20% no número de financiamentos encaminhados. "Apesar de o preço da soja não estar bom, a produtividade desta safra é boa. Se ocorrer tudo bem com a safrinha, acho que vamos chegar ao nosso objetivo", explica. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) estima em 8,5% a alta o PIB do setor em 2017. A consultoria MB Associados calcula um avanço de 8% em 2017. “A safra excepcional deve gerar retorno para o resto do ano”, diz o analista de agropecuária da consultoria MB Associados, César de Castro Alves, em entrevista ao portal G1 (http://g1.globo.com/).

 

Fonte: Consystem