Contra a crise, o setor cresce e,  para especialistas, tem espaço para crescer ainda mais se melhorar a infraestrutura dentro e fora da fazenda

Nos últimos sete anos, a área plantada no Brasil cresceu 23%. A força do agronegócio se mostra ainda mais impressionante considerando que o superávit da balança comercial do setor equivale à soma do défcit de outros setores da economia como o automobilístico, metalúrgico, têxtil e construção civil.
De acordo com o especialista em Análise de Mercado Carlos Cogo, o agronegócio está sustentando o país e tem muito espaço para crescer. Mesmo com a recessão técnica e estrutural que o país atravessa, dentro das fazendas as coisas vão bem, com crescimento assombroso e recorde de produtividade.

Porém, o défcit de maquinário no país é imenso se comparado aos EUA, principal competidor do Brasil. Aqui a proporção é de 1 trator para cada 110 hectares. Lá, a proporção é de 1 trator a cada 36 hectares. No caso das colheitadeiras, a situação é ainda mais dramática: 48% da frota tem mais de 20 anos.
Apesar da infraestrutura do país não acompanhar o vigor do setor, para Cogo, o que impressiona é a velocidade que o agronegócio brasileiro tem crescido com player global.

Projeções 2018
Em um ao de campanha eleitoral com ânimos acirrados e polarização entre alguns candidatos o país enfrentará a grande volatilidade câmbio que afeta diretamente o agronegócio. Segundo Antônio Alvarenga, presidente da Sociedade Nacional do Agronegócio, o seguro rural para a próxima safra vai girar em torno dos R$ 550 milhões.
Para Bruno Lucchi, superintendente técnico da CNA, 2018 será um ano positivo, com um retorno do consumo das famílias, além das exportações que estarão mais aquecidas, principalmente nos países asiáticos, com preços da soja e do milho um pouco mais altos também em função do que será consumido na Ásia e nos Estados Unidos para produção de ração animal.

Novos mercados
Em entrevista a Revista Farming Brasil, Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA declarou que a entidade não vai medir esforços para defender cada vez mais a imagem do agronegócio brasileiro no exterior, aumentar a competitividade do setor e trabalhar para a abertura de novos mercados.
Segundo ela, apesar de Brasil ser o 4º exportador mundial, tem pouco acesso a mercados estrangeiros. “Precisamos diversificar não apenas nossa pauta, mas os destinos de exportação, porque temos sim oportunidades principalmente para produtos de maior valor agregado, em destinos como Indonésia, Vietnã e Tailândia. Temos a produção, mas precisamos ter maior acesso ao mercado estrangeiro, porque isso significa acordos com reduções tarifárias ou de barreiras sanitárias e um potencial de exportação muito maior”, destacou.
A ideia da CNA é priorizar a negociação com países asiáticos iniciando com a Coréia do Sul. “Será um passo importantíssimo para o agronegócio brasileiro. É um mercado que sofremos concorrência forte dos EUA e da Austrália”, comenta a superintendente.

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