Produção e vendas de veículos em setembro ainda mostra crescimento do setor em 2017

Acumulado do ano já aumentou 27% em relação a 2016; expectativa é que as vendas para o ano aumente 7,3% no ano

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que a produção de veículos em setembro no Brasil teve uma queda de 9,2% em relação a agosto, atingindo 236.944 unidades. Na comparação com o mesmo mês de 2016, o volume cresceu 39,1%. Até o acumulado do ano, foram montados 1.986.654 veículos, um aumento de 27% na comparação com o mesmo período de 2016.

Com relação às vendas, setembro também apresentou queda: foram vendidas 199.211 unidades, queda de 8% em relação a agosto. No entanto, as vendas de veículos subiram 24,5% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.620.005 unidades, o que representa alta de 7,4% ante o mesmo período do ano passado.

As exportações somaram 60.049 veículos. Esse número é 52,2% maior em relação a setembro de 2016. Em relação a agosto, houve queda de 10,1% e, no acumulado do ano, um aumento de 55,7%.

Vagas em equilíbrio
Durante setembro, foram mantidas 126.280 vagas de emprego no setor, uma alta de 1,3% em relação a setembro do ano passado. Não houve variação em relação a agosto.

Um movimento positivo para o setor foi o registro de queda do número de empregados em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), que passaram de 3.432 em agosto para 2.964 em setembro. A quantidade de funcionários em Programa Seguro Emprego (PSE) também caiu, indo 2.888 em agosto para 2.867 setembro.

Previsões
As projeções de resultados para o final do ano, revistas no mês passado, tem como expectativa o aumento de vendas de 7,3%, uma alta na produção de 25,2% e um crescimento nas exportações de 43,3%.

Rogelio Golfarb, vice-presidente da Anfavea, disse que há uma recuperação gradual, mas quando se observa o ambiente macroeconômico, ainda não é possível enxergar um crescimento robusto. “É prematuro usar os números de setembro e acreditar que vai ser sustentável até o final do ano. Por isso, estamos sendo cautelosos”, disse.