Condições mais atrativas de crédito incentivam produtores a renovar ou ampliar frota. A produção expressiva das duas últimas grandes safras faz o produtor querer investir para aumentar seus volumes. 

A  Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) prevê crescimento de 15% a mais do que o faturado no ano passado pela indústria de máquinas e equipamentos agrícolas.  

O aumento é  amparado pela capitalização dos produtores e condições de crédito mais atrativas em relação ao ano passado. Em 2017, o setor movimentou R$ 13,5 bilhões. 

Foto Divulgação

Em entrevista à Revista Máquinas Agrícolas, Pedro Estevão Oliveira, presidente da câmera setorial de máquinas e implementos agrícolas (Csmia) da Abimaq afirmou que esse cenário de crescimento foi favorecido pela quebra da safra na Argentina, que elevou a cotação da soja, e pela elevação do câmbio, que ajudou a todas as commodities. O produtor está capitalizado e investindo para renovar ou ampliar a frota”, destaca ele.

A perspectiva, segundo o presidente, é de que os produtores tomem todo o crédito disponível por meio do Plano Safra para investimento em máquinas e implementos. “Nos últimos quatro meses, a demanda está aquecida e, se continuar nesse ritmo, existe a possibilidade de faltar crédito para Moderfrota, Pronaf e FCO, que são as três linhas mais importantes para máquinas agrícolas”, avalia.

O Plano Safra deste ano prevê R$ 40 bilhões para investimentos, sendo R$ 8,9 bilhões para o Moderfrota.

No Banco do Brasil, a liberação de crédito para investimento cresceu 21% desde o começo do Plano Safra atual, em julho deste ano. “Percebemos um apetite maior para os investimentos em máquinas e implementos, até em caminhões, neste ciclo”, afirmou o diretor de agronegócios do BB, Marco Túlio Moraes da Costa.

Segundo ele, isso se deve as duas últimas grandes safras e à perspectiva de que em 2018/2019 a produção também seja expressiva, o que faz o produtor investir para aumentar seus volumes.

No segundo semestre do ano, a maior tomada de crédito nas linhas de investimento foi para a compra de máquinas e implementos agrícolas. Para o sócio-diretor da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, esse cenário está relacionado à queda de juros do Plano Safra – que tiveram redução média de 1,5 ponto porcentual ante o ciclo anterior.

Ele avalia que o positivismo tem a ver também com o início de uma recuperação de otimismo e confiança no setor, que deve entrar 2019 adentro”, diz Cogo. Para o ano que vem, o cenário é ainda mais promissor, o incremento deve ser de 8% a 12%, dependendo do segmento, estima.

Redução de imposto de importação

A Abimaq reforçou posicionamento apartidário durante o seminário “O Agro e o Moderno Ambiente de Negócios”, promovido pela associação na sexta-feira (19), em São Paulo, embora o apoio ao candidato eleito do PSL, Jair Bolsonaro, tenha sido recorrente nas palestras proferidas ao longo do evento.

Neste cenário, a Associação enxerga com cautela a intenção de redução de imposto de importação para bens de capital sinalizada pela equipe do presidente eleito.

“Não somos contra a abertura comercial, mas junto com ela é preciso reduzir o custo Brasil. A alíquota do imposto é para corrigir essas assimetrias. Nós temos ambiente de negócios e logística ruim”, afirma. “Se simplesmente abrirmos [as importações], vai ser uma catástrofe, vai aumentar a importação e o desemprego”, afirma.

 

Fonte Consystem

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