Tema foi discutido na Agrobit 2018, evento criado para debater, apresentar e aproximar os produtores rurais e players do agronegócio à tecnologia e informações disponíveis para o setor.

Agricultura de precisão foi um dos temas discutidos durante o Agrobit 2018, que aconteceu em Londrina no final de novembro. José Paulo Molin, presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsBraAP) deu início a palestra contando um pouco da história da agricultura de precisão, desde quando se ouviu o termo pela primeira vez em 1992.

Segundo ele, o termo foi usado pela primeira vez na Flórida em um evento de agricultura. O foco era gerenciar as lavouras considerando que elas não são uniformes. Fazer agricultura errando menos.

O foco definido há 26 anos permanece, e neste contexto de modelar a variabilidade espacial o campo conta com o auxílio da tecnologia como sensores, tecnologia embarcada nas maquinas, GPS, telemetria , piloto automático, conectividade, controle dos sensores do pulverizador e outras mais que o campo vem adquirindo ano a ano.

Mesmo com todas essas tecnologias disponíveis, apenas 15,3% dos agricultores adotam alguma técnica nas suas lavouras.

De acordo com Molin, foi feita uma pesquisa com 1000 agricultores no brasil, divididos nas regiões Sul, Cerrado e Mato Grosso, para mediar o grau de adoção de tecnologia no campo. Dos entrevistados, 45% disseram que utilizam alguma tecnologia para lidar com a variabilidade das lavouras. Desses 45%, 79% responderam que fazem o mapeamento da fertilidade do solo e 43% fazem amostragem em grade.

Tecnologias relacionadas ao GPS embarcado nas maquinas

José Paulo Molin conta que a primeira tecnologia criada a partir do GPS foi um avião agrícola, desenvolvido na década de 90, que utilizava uma fileira de leds para guiar o piloto. Em 2001, esta tecnologia evoluiu para o piloto automático que chegou ao Brasil em 2003. “É preciso lidar com a agilidade do mercado. Pela agressividade com que o mercado lida com as tecnologias”, disse Molin.

Agricultura digital

Durante a palestra , Molin fez um comparativo entre agricultura digital e agricultura de precisão. “A agricultura de precisão não é essência da agricultura digital, nem a primeira etapa, mas é o lado mais digital da agricultura que hoje nós transformamos em business, e ela demanda soluções digitais mais organizadas”, explicou.

Para ele o Brasil está caminhando para o acumulo de dados que ajudam, a partir de inteligência artificial, o agricultor a tomarem decisões, mas para isso é preciso criar camadas de informações de cada talhão, cada lavoura, cada fazenda.

Evolução das plataformas

Para se ter uma noção da evolução das plataformas de tecnologia embarcada nas máquinas, Molin colocou em uma linha do tempo a evolução da tecnologia de 1990 a 2018:

1990 – Trator colhedora, pulverizador

2000- Trator com eletrônica embarcada (piloto automático)

2010- Conexão entre trator e alguma “coisa”. A máquinas passa a enviar e receber dados.

2015 a 2018- Utilização de sistemas -plataformas para unir dados. A máquina fazendo parte de um sistema oferecido pelos “players”. “Agricultura 4.0”, Agricultura Digital” e “Agricultura de Precisão” como primeira promessa de gerar dados.

“Nós estamos construindo um volume de dados, para chegar a uma agricultura preditiva, ou seja, a partir de dados fazer predição, para então chegar nas prescrições, decisões automatizadas e recomendações”, salientou Molin.

Desafios

  • Profissional do agro- aprender a lidar com multidisciplinaridade.
  • Infraestrutura. Não há conectividade no campo. Temos um monte de IPs nas maquinas e não há como conectar esses IPS com esses servidores para a internet das coisas.
  • Pesquisa, desenvolvimento e inovação. Estamos num mundo em que os players mudaram, temos os órgãos de fomentos e temos as iniciativas privadas e as startups. Modelos no Brasil empresas transnacionais com startups internas.

 

Fonte Consystem

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